Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA NA INFÂNCIA Sem: 02 semestre/03 semestre
Professor: 937940 - RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE Ano: 2011.1
Passamos por provas, apresentações de trabalho, exposições de conteúdos, mas algumas vezes pensamos no lado de fora da sala de aula, no mundo maravilhoso e ensolarado que nos espera lá fora, mesmo quando chove.
E é por isso que matamos aula. E também sabemos que, quando saímos de sala, não é por nenhum outro motivo senão a auto-privação do ato de assistir aulas. Mas infelizmente não são todos aqueles que sabem o quão importante e necessário o ato de matar aulas em nossas vidas. Sempre tem aquele tiozão chato que se vende pelo dinheiro e nos aplica punições pelo fato de estarmos matando aulas.
E é para esses tipos que não sabem o prazer que é matar uma aula, alguns motivos mais convincentes possíveis para se matar uma aula.
1 – Alongamento e exercício:
A estressante rotina de trabalho causa sérios problemas musculares nas pessoas, e a rotina de estudos não é diferente. Ficar sentado todo o dia, em uma cadeira desconfortável e anti-anatômica pode causar sérios danos no futuro. Então, para evitar esses danos, especialistas indicam que a cada hora de trabalho, seja feito pelo menos 5 minutos de alongamento. E óbvio que esse alongamento para nós matadores de aula é realizado na parte externa da sala de aula, nos alongando e caminhando por toda a escola. Assim, vemos o quão importante é a saída de sala de aula para o nosso organismo, bem-estar físico e para nossa saúde.
2 – Hidratação:
Todos aqueles que lidam com o assunto “matar aula” sabem o quão usada é a desculpa de “beber água”. Mas mal sabem eles o tamanho da legitimidade de tal desculpa. Aproximadamente 70% do corpo de um ser humano adulto é composto de água, e por dia perde-se muita água com funções vitais e com suor, necessitando de uma reposição de cerca de dois litros e meio diários. Aí que entra o ato de matar aulas, necessitamos de sair para repor a água que nosso corpo perde com aulas estafantes e no trajeto para a escola, além de perder nos alongamentos. Mais uma justificativa plausível e racional para matar aulas.
3 – Social:
Contato com outros seres humanos é deveras importante, sabemos todos disso, e como fazer tal contato durante a aula é prejudicial para o nosso aprendizado e o de nossos colegas, então nada melhor do que treinar e aprimorar nossas habilidade sociais no espaço extra-sala de aula. Aí que entra o ato de matar aula, porque os moralistas provavelmente dirão “Mas para isso é reservado o intervalo”, mas aí que vocês se enganam, durante o intervalo precisamos estar atentos à nossa nutrição e comer bem para podermos fixar melhor o conteúdo que nos foi passado. Resta então as aulas para que pratiquemos a simpatia com os alheios, para isso precisando matar aulas.
4 – Sono:
Especialistas afirmam que é na hora do sono que fixamos a informação que nos é passada no nosso dia-a-dia. Então, para não deixarmos tudo para a última hora, e fixar esse conhecimento só à noite, podemos também matar aula para tirar pequenos cochilos e optimizarmos nossa aprendizagem. Além do mais, é no sono também que liberamos o hormônio do crescimento (que por sinal foi assunto da primeira unidade de biologia, se fosse algo relacionado a sistema nervoso ou reprodutor eu saberia no ato, visto que fiz a prova mais épica da minha vida esses dias), então, liberando esse hormonio na escola, contribuímos para que a escola conclua sua meta, que é nos fazer crescer e nos tornarmos cidadão críticos e competentes profissionalmente.
5 – Felicidade:
Afinal, esse é o objetivo final do ser humano, e convenhamos que assistir todas as aulas do ano integralmente não é nem um pouco perto da felicidade.
Com todos esses incontestáveis argumentos, podemos perceber que matar aula é um direito irrevogável dos alunos, que deveria estar previsto em constituição, e que nos é privado constantemente por ratos do sistema, que querem privar o ser humano de felicidade. Afinal a diferença entre um aluno que não pode matar aula e um escravo é que a mãe do escravo não manda ele pra escravidão.
"Não sou eu que mato aula. Ela é que me mata!"