segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PLANO DE ENSINO: EDUCAÇÃO FÍSICA NA INFÂNCIA

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA NA INFÂNCIA Sem: 02 semestre/03 semestre

Professor: 937940 - RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE Ano: 2011.1



I – EMENTA
Estudar e analisar a prática pedagógica da Educação Física na Educação Infantil diante da discussão da importância do movimento na formação integral do indivíduo.

II - OBJETIVOS GERAIS
Estudar e analisar a prática pedagógica da Educação Física na Educação Infantil e compreendê-la como importante elemento de educação e desenvolvimento sócio-afetivo, cognitivo e motor das crianças da Educação Infantil.

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar a concepção de infância;
- Conhecer a situação da Educação Infantil na Educação Brasileira;
- Reconhecer a importância do trabalho com a Educação Física/Movimento na Educação Infantil;
- Refletir e discutir sobre a Educação Física/Movimento na Educação Infantil: objetivos, conteúdos, elaboração de aula, importância do professor;
- Conhecer os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Volumes I, II e III)
- Proceder a prática de ensino, aplicando conhecimentos, refletindo na e sobre esta prática, procedendo a prática reflexiva;
- Elaborar planos de aula do movimento na Educação Infantil, tendo como referência a Educação Física como prática pedagógica;
- Conhecer a Educação Física Infantil através da L.D.B
- Entender o processo do desenvolvimento infantil através da anatomia, da fisiologia do exercício, da psicologia e do metabolismo infantil.
- Discutir a obesidade infantil.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PLANO DE ENSINO: ESTUDOS DISCIPLINARES

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)
Disciplina: ESTUDOS DISCIPLINARES Sem: 01/02
Professor: 937940 - RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE Ano: 2010.2

I - EMENTA

Os Estudos Disciplinares (ED) complementam a formação disponibilizada em sala de aula, por meio de exercícios. Os exercícios visam o aprofundamento dos conteúdos das disciplinas ministradas ao longo de cada semestre letivo. Seu escopo é estimular o aluno a adquirir maior conhecimento em sua área de atuação.


II - OBJETIVOS

- propiciar aos alunos a utilização da fundamentação teórica dos conceitos explorados na sala de aula na resolução de problemas;

- proporcionar situações similares às que o profissional enfrentará no ambiente de trabalho;

- proporcionar a integração dos conhecimentos adquiridos durante o curso;

- criar um espaço positivo e propício para a troca de informações dentro e fora da sala de aula;

- estimular a auto-reflexão e a autonomia intelectual do estudante.


III - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


O conteúdo dos Exercícios Disciplinares (ED) corresponde ao conteúdo das disciplinas do semestre.

IV – ESTRATÉGIA DE TRABALHO

O professor disponibilizará aos alunos, presencialmente e na ferramenta online, exercícios referentes ao conteúdo ministrado, ao final de cada atividade.


V- AVALIAÇÃO

O aluno deverá realizar no mínimo 75% dos exercícios disponibilizados pelo professor.
A realização dos Estudos Disciplinares (ED) será comprovada pela entrega dos exercícios e pela Ficha de Controle devidamente preenchida e assinada pelo aluno e pelo professor.


VII – BIBLIOGRAFIA

A bibliografia indicada para a realização dos Estudos Disciplinares corresponde a bibliografia dos Planos de Ensino das disciplinas do semestre

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

HORÁRIO DE EXAME - GINÁSTICA GERAL


MODELO DE PLANO DE AULA

Faculdade Mato Grosso do Sul
Curso de Educação Física (Licenciatura)
Ginástica Geral
Professor Rafael do Nascimento Valente

PLANO DE AULA

I: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

TEMA/CONTEÚDO DA AULA: Descrever a atividade central que será desenvolvida pela dupla. Exemplo: A dança na escola/ Técnicas da luta/ Expressão corporal e Educação Física/ Ginástica Laboral na escola/ O teatro a escola/ Alongamento e fisiologia/ Recreação e Brincadeiras/ Jogos cooperativos/ O trabalho da respiração nas aulas de Ed. Física/ Anatomia da corrida / Benefícios do aquecimento / Movimento e Habilidades
DATA:LOCAL:
HORÁRIO:
TURMA:
DURAÇÃO:
25 a 30 minutos
PROFESSORES: O nome dos acadêmicos/duplas


OBJETIVOS: Quais são as metas principais da sua aula?
Lembre-se, todo objetivo começa com algum verbo. Ex: explorar, vivenciar, estimular, orientar, praticar, treinar, preparar, organizar, trabalhar, criar, desenhar, andar, correr, pular, movimentar, desenvolver, imitar.
Sua aula pode ter vários objetivos!

MATERIAIS:O que será utilizado em sua aula: bolas, som, colchonete, travesseiro, materiais alternativos, arcos, cabos de vassoura, bambolês etc...


II - DESENVOLVIMENTO
PARTE INICIAL: Atividades que antecedem as atividades principais. Geralmente são exercícios introdutórios, mais leves com a intenção de preparar o corpo, como aquecimentos, alongamentos, brincadeiras, jogos e exercícios que trabalham músculos e articulações envolvidas na parte principal.


PARTE PRINCIPAL: Atividades para desenvolver o que vocês determinaram como OBJETIVOS do plano de aula.


PARTE FINAL: Parte do plano de aula que tem intenção de relaxar e acalmar o corpo e os batimentos cardíacos. Também conhecida como “voltar à calma”. Atividades/exercícios de relaxamento, reflexão, respiração, calmos e suaves.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Caso algum livro, revista, jornal, artigo tenha auxiliado na construção do plano de aula, citar o mesmo e o autor.

OBSERVAÇÕES:
Caso tenha algo a relatar para o desenvolvimento das atividades, regras, orientações, deixar nesse espaço. Não é obrigatório estar no plano de aula.


PLANO DE AULA/ CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TEMÁTICA: Descrever a temática central da sua aula


INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DA AULA
Aqui vocês vão apresentar e falar sobre a aula que criaram. Devem fazer um texto.

- Descrever uma breve teoria, de maneira bem elaborada e argumentada do tema abordado na sua aula.
- Comentar o motivo da escolha do tema para a aula.
- Comentar como foi a construção do plano de aula.
- Qual a importância da sua aula para a Educação Física.

Caprichem e sejam criativos!

HORÁRIO PS - GINÁSTICA GERAL

Educação Física
01. semestre A
Ginástica Geral
Data: 07/12/2010

Educação Física
01. semestre B
Ginástica Geral
Data: 08/12/2010

Educação Física

02. semestre
Ginástica Geral
Data: 06/12/2010

APRENDIZAGEM MOTORA (DP)

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA: APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO MOTOR (DP)
PROFESSOR RESPONSÁVEL: RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE

CRONOGRAMA DE ESTUDO PARA A DISCIPLINA DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO MOTOR


- Quem é Gallahue e Go Tani?
- Quem faz parte do estudo do comportamento motor?
- Defina de maneira elaborada o conceito de aprendizagem motora, desenvolvimento motor e controle motor.
- Quais áreas têm relações com a aprendizagem motora?
- Quais são os domínios do comportamento humano e do movimento?
- Qual a relação da aprendizagem motora com a Educação Física?
- O que é movimento humano?
- Como ocorre o processo de informação e a tomada de decisão?
- Defina o mecanismo perceptivo, decisório e efetor.
- Quais são as fases de aprendizagem motora de acordo com Fitts e Posner? Explique o que ocorre em cada uma delas.
- Defina: força, velocidade, resistência, flexibilidade, agilidade, coordenação motora, equilíbrio e expressão motora.
- O que são diferenças individuais
- O que torna as pessoas bem sucedidas em algumas tarefas/atividades e em outras não?

ESTUDOS DISCIPLINARES

Justificativa
Considerando as mudanças introduzidas no cenário da avaliação da educação superior, com a promulgação da Lei n. 10.861/2004, notadamente a partir da divulgação dos resultados do ENADE 2006, a Instituição vem mobilizando a inteligência institucional aliada aos recursos oferecidos pela Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), na perspectiva de aperfeiçoar sua metodologia de ensino e sua proposta didático-pedagógica.

Esse aperfeiçoamento se materializa no âmbito dos cursos de graduação, por meio de uma contínua reflexão sobre os resultados das avaliações internas, produzidas pela CPA e NDE, e externas conduzidas pelo INEP, SESu, SETEC e SEED.

Associa-se a esse fato a necessidade de adequar os projetos pedagógicos dos cursos de graduação aos ditames das Resoluções CNE/CES nos. 2 e 3, ambas editadas em 2007, e da Resolução CNE/CES no. 4/2009, a primeira e a última fixando a carga horária dos bacharelados e a segunda determinando que a carga horária dos cursos deve ser contabilizada em horas.

Dentre outras medidas emergiu dessa reflexão a necessidade de introduzir no currículo dos cursos de graduação, unidades de estudos diferenciadas que contribuam para o desenvolvimento de competências e habilidades interdisciplinares. Nesse contexto estão inseridos os Estudos Disciplinares (ED) fundamentado no inciso II, do Art. 53 da Lei n. 9.494/96


Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições:
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino;
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes;(g.n)
e nos princípios norteadores das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação postulados nos Pareceres CNE/CES ns. 776/97, 583/2001 e 67/2003

(...)
1) Assegurar às instituições de ensino superior ampla liberdade na composição da carga horária a ser cumprida para a integralização dos currículos, assim como na especificação das unidades de estudos a serem ministradas;(g.n.)
2. indicar os tópicos ou campos de estudos e demais experiências de ensino-aprendizagem que comporão os currículos, evitando ao máximo a fixação de conteúdos específicos com cargas horárias pré-determinadas, os quais não poderão exceder 50% da carga horária total dos cursos;(g.n.)
(...)
4) Incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciadas em um mesmo programa;(g.n)
5) Estimular práticas de estudo independente, visando uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno;(g.n)

Regulamento dos Estudos Disciplinares

CAPÍTULO I
DA CONCEPÇÃO, CARGA HORÁRIA E OBJETIVOS

Art. 1º. O presente Regulamento normatiza a execução dos Estudos Disciplinares (ED), constituídos por um conjunto específico de unidade de estudos, ao abrigo do que dispõe o inciso II do Art. 53, da Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (LDBEN), observadas as Orientações para as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação emanadas do Conselho Nacional de Educação, nos termos do Parecer CNE/CES nº. 776, de 13 de dezembro de 1997, do Parecer CNE/CES nº. 583, de 4 de abril de 2001 e do Parecer CNE/CES nº. 67 de 11 de março de 2003.
Art. 2º. Os Estudos Disciplinares são unidades de estudos de caráter obrigatório nos cursos de graduação da Instituição, constituindo um eixo estruturante de formação inter e multidisciplinar que perpassa todos os períodos dos cursos.
Art. 3º. A carga horária dos Estudos Disciplinares será definida no projeto pedagógico de cada curso, considerando suas especificidades.
Art. 4º. São objetivos dos Estudos Disciplinares:
a. propiciar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do conhecimento;
b. prover o aluno de graduação de competências e habilidades específicas para abordar, com visão inter e multidisciplinar, problemas de sua área de atuação profissional, com grau crescente de complexidade à medida em que ele progride em sua formação;
c. proporcionar aos estudantes oportunidades para estabelecer conexões entre as diferentes áreas do conhecimento visando a solução de problemas;
d. estimular práticas de estudo independente, visando uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno.
CAPÍTULO II
DA OPERACIONALIZAÇÃO

Art. 5º. Os ED utilizam a resolução sistemática de exercícios, criteriosamente elaborados pelo NDE, quando houver, em conjunto com responsáveis pelas
disciplinas, como indutor do desenvolvimento das competências e habilidades para lidar com situações-problemas da sua área de formação.
§1o. Os exercícios abordam, inicialmente, conteúdos de formação geral, e à medida que o aluno avança na sua matriz curricular, esses conteúdos são progressivamente substituídos por outros de formação específica, de cunho interdisciplinar, envolvendo diferentes campos do saber.
§2o. Os conteúdos abordados nos Estudos Disciplinares devem ter por base as Diretrizes Curriculares e o Projeto Pedagógico do Curso.
Art. 6o. Os Estudos Disciplinares serão desenvolvidos com recursos educacionais combinados do ensino presencial e da educação à distância, utilizando, entre outros, a plataforma de Tecnologia de Informação e Comunicação da Instituição.

CAPÍTULO III
DA SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO

Art. 7o. Caberá ao Coordenador do Curso, juntamente com o Núcleo Docente Estruturante (NDE), quando houver, supervisionar e avaliar os Estudos Disciplinares de cada curso.
Art. 8o. A avaliação de desempenho dos alunos nos Estudos Disciplinares resultará da combinação do seu aproveitamento nas atividades presenciais e a distância,
Parágrafo Único - O aproveitamento dos Estudos Disciplinares de que trata o caput deste artigo poderá ser aferido mediante a aplicação de provas.
Art. 9º. A freqüência do aluno nos Estudos Disciplinares resultará da apuração combinada da presença nas atividades presenciais e naquelas realizadas a distância.
Parágrafo Único - Nas atividades a distância, a freqüência será controlada por meio dos acessos e do tempo de permanência do aluno na Plataforma Digital da Instituição.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 10º. Os casos omissos serão resolvidos pela Coordenação do Curso, em conjunto com a Coordenação Pedagógica ouvidas as partes interessadas.
Art. 11º. As disposições do presente Regulamento poderão ser alteradas por deliberação do Colegiado de Curso com a anuência dos órgãos colegiados superiores da Instituição.
Art. 12º. O presente Regulamento entra em vigor a partir do ano de 2010, após a sua aprovação dos órgãos colegiados superiores da Instituição.
Campo Grande, 02 de Julho de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

GINÁSTICA GERAL NA ESCOLA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA

Este artigo faz parte da apostila de Ginástica Escolar. Leiam, pois complementa o conteúdo da nossa próxima avaliação (NP2)!




GINÁSTICA GERAL NA ESCOLA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
NARA REJANE CRUZ DE OLIVEIRA* LUIZ FERNANDO COSTA DE LOURDES **
RESUMOEste trabalho tem por objetivo discutir a Ginástica como conteúdo da Educação Física escolar, por meio da Ginástica geral como proposta metodológica. Tal proposta tem como perspectiva a integração das diversas manifestações gímnicas e os outros componentes da cultura corporal, sendo sua principal característica a ausência da competição.

PALAVRAS-CHAVE: ginástica – ginástica geral – educação física escolar.
INTRODUÇÃO
Ginástica no contexto da Educação Física escolar foi historicamente construída a partir de determinados modelos, especialmente as escolas ginásticas da Europa. O caráter esportivizado também foi uma característica marcante. No decorrer dos anos, a formação profissional em Educação Física enfatizou tais modelos, e conseqüentemente, grande parte dos professores, no contexto da prática pedagógica escolar, ora apresentam a ginástica baseada nestes modelos ou optam pela sua ausência, perante a alegação de falta de equipamentos e/ou instalações adequadas, confundindo assim, as modalidades gímnicas competitivas (artística/olímpica, rítmica, dentre outras) com a ginástica em si, gerando desta forma, a elitização de tal prática (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Perante estas constatações, o objetivo deste trabalho é discutir uma possível forma de intervenção pedagógica através da Ginástica como conteúdo da Educação Física escolar.Acreditamos que esta possibilidade se concretize por meio da Ginástica Geral (GG), na medida em que esta tem como perspectiva a integração das diversas manifestações gímnicas e os outros componentes da cultura corporal, sendo sua principal característica a ausência da competição.

A GG pode proporcionar, além do divertimento e satisfação provocada pela própria atividade (na medida em que busca o resgate do núcleo primordial da ginástica – o divertimento), o desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, a apreensão pelos alunos das inúmeras interpretações da ginástica, e a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica (AYOUB, 2003). As atividades são oportunidades privilegiadas, porque são geradas criativa e espontaneamente, a partir da tomada de contato com o outro, da percepção e reflexão sobre as pessoas e a realidade na qual estão inseridas. Apresenta-se então dotada de um caráter de autonomia, liberdade, o que favorece também o convívio em novos grupos, fazendo com que o indivíduo alargue as fronteiras do seu mundo e intensifique assim suas comunicações. As vivências no campo da GG têm a função de sociabilização, além de solidariedade e identificação social. Assim, podemos considerá-la como elemento privilegiado no contexto educativo.

Portanto, se for entendida e assumida como fenômeno social e historicamente produzido pelo homem, constitui-se como bem cultural, que deve ser apropriado pela população. Desse prisma, buscamos o desenvolvimento de uma reflexão sobre o seu desenvolvimento no contexto da Educação Física escolar.

No que diz respeito à Educação Física escolar, nosso entendimento é de que a mesma constitui-se como prática pedagógica, que trata política e pedagogicamente dos temas da cultura corporal (jogo, dança, esporte, lutas, ginástica), visando apreender a expressão corporal como linguagem (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Desta forma, pode contribuir para a formação de indivíduos críticos e criativos e intervir de forma significativa em sua realidade social.
A GINÁSTICA COMO PRÁTICA PRIVILEGIADA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O século XIX constitui-se um importante período para a compreensão das raízes da Ginástica moderna e da Educação Física. Entretanto, a Ginástica não é algo recente na sociedade. Segundo Rouyer (1977), sua denominação remonta aos agrupamentos desportivos gregos, como a arte de exercitar o corpo nu (em grego gymnos). Essa associação entre o exercício físico e a nudez, traz o sentido do despido, do simples, do livre, do limpo, do desprovido ou destituído de maldade, do imparcial, do neutro, do puro (AYOUB, 2003).

A partir do início do século XIX, a Ginástica passou a ser considerada científica, fruto das distintas formas de se pensar os exercícios físicos em países da Europa – Alemanha, Suécia, França e Inglaterra – surgindo assim os métodos/escolas de ginástica ou Movimento Ginástico Europeu. Nesta perspectiva, buscou-se imprimir um caráter de utilidade aos exercícios físicos, em que foram negadas as práticas populares de artistas de rua, de circo, acrobatas, funâmbulos, que a apresentavam como espetáculo, trazendo o corpo como centro de entretenimento (SOARES, 1994, 1998, 2001).

Como expressão da cultura, este movimento se constrói a partir das relações cotidianas, dos divertimentos e festas populares, dos espetáculos de rua, do circo, dos exercícios militares, bem como dos passatempos da aristocracia. Possui em seu interior princípios de ordem e de disciplina que podem ser potencializados. Para sua aceitação, porém, estes princípios de disciplina e ordem não são suficientes. Ao movimento ginástico é exigido o rompimento com seu núcleo primordial, cuja característica dominante se localiza no campo dos divertimentos (SOARES, 1998, p. 18).

Segundo Soares (1998), a Ginástica como prática científica é constitutiva da mentalidade burguesa, destacando-se pelo seu caráter ordenativo, disciplinador e metódico, além do discurso de aquisição e preservação da saúde. Ao longo do século XIX, foram inúmeras as tentativas de estender sua prática à grande massa trabalhadora urbana, que para os interesses do capital, tornava-se cada vez mais numerosa e potencialmente perigosa.

De acordo com esse autor, é na gradativa aceitação dos princípios de ordem e disciplina formulados pelo Movimento Ginástico Europeu, bem como do afastamento de seu núcleo primordial (o divertimento), que paulatinamente a Ginástica se afirma como parte da educação dos indivíduos, como prática capaz de potencializar a utilidade dos gestos e oferecer um espetáculo “controlado” e institucionalizado dos usos do corpo, em negação aos elementos cênicos, funambulescos, acrobáticos.

No Brasil, os métodos ginásticos influenciaram sobremaneira a constituição da Educação Física e estiveram presentes nos discursos político, médico e pedagógico. Soares (1994) afirma que apesar das particularidades dos países de origem, as escolas de ginástica, de um modo geral, possuíam características semelhantes, como regeneração da raça, promoção da saúde (independente das condições de vida), desenvolvimento de vontade, força, coragem, energia de viver (para servir à pátria) e desenvolvimento da moral (intervenção nas tradições e costumes dos povos).

Precursora da Educação Física, a Ginástica científica se afirmou ao longo do século XIX como síntese do pensamento científico no Ocidente europeu e integrante dos novos códigos de civilidade, o que vai justificar sua presença no currículo escolar. Como conclui Soares:

Herdeira de uma tradição científica e política que privilegia a ordem e a hierarquia desde sua denominação inicial de Ginástica, a hoje chamada Educação Física foi e é compreendida como um importante modelo de educação corporal que integra o discurso do poder (2001, p. 113).

É neste contexto, no século XIX, que tem início o projeto de institucionalização da Educação Física no Brasil (ainda chamada Ginástica), como disciplina obrigatória nas escolas, em que os ideais eugênicos e higiênicos se faziam presentes na Educação.

Cabia à Educação Física vinculada à Educação Escolar, o papel de contribuir para a formação dos corpos eugênicos e higiênicos. Na prática, a Educação Física ressaltava por meio de seus conteúdos e metodologias os assuntos relacionados à formação da ordem, disciplina e moralização, fruto das concepções advindas dos métodos ginásticos europeus, estes por sua vez, ancorados nos preceitos e contextos de seus países de origem.

No contexto do projeto higienista e de eugenização da população brasileira, a Ginástica constituiu-se como elemento de extrema importância, na perspectiva de adestrar e alterar os corpos produzidos por quase três séculos de colonização, conforme Oliveira (1994).

No que diz respeito à esportivização da Ginástica, tal processo tem sua gênese na Inglaterra. Segundo Soares (1994), diferente dos outros países da Europa, nos quais desenvolveram-se as principais escolas de ginástica – França, Alemanha e Suécia, a Inglaterra deu ênfase ao desenvolvimento do desporto. Para Rouyer (1977), isto foi devido ao grande desenvolvimento das forças produtivas neste país que conduziu mais depressa à transformação das relações sociais. Neste sentido, a riqueza e a liberdade das classes dirigentes permitia-lhes o ócio marcado pela lei do dinheiro, em que apostava-se em cavalos, depois em corredores a pé e mais tarde em semiprofissionais. O desporto constituiu-se então como atividade de ócio da aristocracia e da alta burguesia, além de meio de educação social de seus filhos, ao mesmo tempo em que se tornava o trabalho de numerosos profissionais. Assim, a Inglaterra burguesa deu ao mundo o desporto moderno institucionalizado e com regras precisas.

Desta forma, aliada à racionalização científica e às regras do es-porte moderno, a Ginástica se transforma em um esporte de rendimento à qual poucos têm acesso. Ou seja, as expressões gímnicas esportivizamse e a sociedade contemporânea herda a ginástica como prática elitizada, o que contribui paulatinamente para sua exclusão da escola.
GINÁSTICA GERAL E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: POSSIBILIDADES DE ENCONTRO
Compreendemos a GG como uma esfera da vida social, que, como todas as outras, influencia e é influenciada pela sociedade. Sendo assim, não podemos falar sobre a GG isolada das outras atividades da vida humana, pois desta forma corremos o risco de formar conceitos parciais e simplistas.

A Europa atualmente é o principal centro de desenvolvimento e prática da GG. Segundo Souza (1997), este fato se confirma ao observarmos o grande número de clubes e praticantes. A crescente popularidade desta modalidade pelo mundo pode ser averiguada pelos festivais que são promovidos nos mais diversos países. Em alguns países é denominada apenas de Ginástica sem o complemento Geral, a exemplo da Dinamarca que tem no DGI (Associação Dinamarquesa de Ginástica e Esporte) sua maior expressão nesta modalidade, em que cerca de 30% da população é associada.

É importante salientar que as outras modalidades de Ginástica são consideradas de competição, como a ginástica artística, a ginástica rítmica, dentre outras. Já a GG está orientada para as questões educacionais e do lazer, para a prática sem fins competitivos, privilegiando a demonstração.

Conforme Souza (1997), os princípios que norteiam a GG privilegiam o estímulo à criatividade, ao bem-estar, à união entre as pessoas e o prazer pela sua prática. Sua riqueza está exatamente no princípio de privilegiar todas as formas de trabalho, estilos, tendências, influenciados por uma variedade de tradições, simbolismos e valores que cada cultura agrega. Por este motivo, ao apresentarmos uma possível conceituação, não o fazemos no sentido de cristalizá-lo ou reduzir o fenômeno, pois assim não compreenderíamos sua imensa possibilidade de representação.

A GG, de acordo com o General Gymnastics Manual (FIG, 1993) compreende as seguintes atividades:

-Ginástica e Dança: Dança teatro, Dança Moderna, Dança Aeróbica; Ballet, Folclore, Ginástica Jazz, Ginástica rítmica, Ginástica de Solo, Ginástica Aeróbica, Rock’n Roll, Condicionamento Físico;

-Exercício com aparelhos: Ginástica com aparelhos de grande porte (cavalo, paralelas, etc.), Ginástica com aparelhos manuais (bolas, fitas, arcos, etc.), Ginástica com aparelhos não convencionais (caixas, galões de água, bambus, dentre outros), Tumbling, Trampolim, Rodas, Acrobacias;

-Jogos: Pequenos Jogos, Jogos de Condicionamento Físico, Jogos Sociais, Jogos Esportivos, Jogos de Reação.

Ayoub (2003) projeta algumas imagens da GG, no intuito de visualizar os pilares fundamentais que a sustentam, os quais estão ligados à concepção de GG da Federação Internacional de Ginástica (FIG), que segundo esta autora vem influenciando as ações na área em diversos países, inclusive no Brasil:

• Não possui finalidade competitiva e está situada num plano diferente das modalidades gímnicas competitivas, num plano básico, com a abertura para o divertimento, o prazer, o simples, o diferente, para a participação de todos. Ou seja, é irrestrita.

O principal alvo é a pessoa que pratica, visando promover a integração das pessoas e grupos e o desenvolvimento da ginástica com prazer e criatividade. Portanto, a ludicidade e a expressão criativa são pontos fundamentais.

Não possui regras rígidas preestabelecidas, pois estimula a amplitude e diversidade, abrindo um leque de possibilidades para a prática da atividade corporal, sem distinção de idade, gênero, número e condição física ou técnica dos praticantes, música ou vestuário, favorecendo ampla participação e criatividade.

Os festivais se constituem como sua principal manifestação, o que a vincula ao artístico, ao espetáculo.

Difere-se, portanto, das ginásticas competitivas, cujas principais características são: seletividade, regras rígidas preestabelecidas, caminham no sentido da especialização, comparação formal, classificatória e por pontos, visando, sobretudo, o vencer. Ayoub (2003) aponta ainda que as diferenças entre a GG e as ginásticas competitivas não podem ser vistas de forma rígida e estanque, pois estas convivem interligadas na sociedade e exercem influências recíprocas.

No Brasil, existem vários grupos de Ginástica Geral, apesar de sua prática ser pouco difundida. Dentre eles, se destaca o Grupo Ginástico Unicamp, que tem como proposta não só a prática da Ginástica Geral, mas também a pesquisa do tema na Educação Física Escolar, além da sua abordagem como atividade comunitária.

A proposta do Grupo Ginástico Unicamp – GGU (Grupo de Pesquisa em Ginástica Geral da Faculdade de Educação Física da Unicamp), tem seu enfoque nas relações pedagógicas que foram desenvolvidas em diversas experiências no decorrer de 15 anos, dando uma nova perspectiva de atuação ou instrumentalização para os profissionais de Educação Física. O GGU coloca-se como um “Banco de idéias” para os professores utilizarem-se do universo da Ginástica Geral em suas aulas como metodologia da Educação Física Escolar e Comunitária.

Para o GGU, a Ginástica Geral é entendida como uma manifestação da Cultura Corporal que, reunindo as diferentes interpretações da Ginástica (Natural, Construída, Artística, Rítmica Desportiva, Aeróbica, entre outras), busca integrá-las com outras formas de expressão corporal (Dança, Folclore, Jogos, Teatro, Mímica...) de forma livre e criativa, de acordo com as características do grupo social, visando a contribuir para aumento da interação social entre os participantes (PÉREZ GALLARDO; SOUZA,1997).

Devido às características regionais brasileiras, encontram-se focos de conservações culturais que revelam formas muito peculiares de exploração e adaptação ao meio ambiente, tais manifestações culminam em diferenças culturais “contadas” no folclore, “jogadas”, “dançadas”, etc., contendo uma riqueza plástica e artística expressa através do movimento. A interação da GG com estas linguagens pode incentivar os praticantes a explorarem as diversas linguagens culturais, ampliando suas experiências e conhecimentos acerca da diversidade cultural brasileira, por exemplo. Outras tematizações, porém, podem e devem ser trabalhadas, permitindo a criação e a ampliação do conhecimento relativo à ginástica associada às questões sociais.

Segundo Ayoub,

Aprender ginástica geral na escola significa, portanto, estudar, vivenciar, conhecer, compreender, perceber, confrontar, interpretar, problematizar, compartilhar, apreender as inúmeras interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar novas possibilidades de expressão gímnica. Sob essa ótica, podemos considerar que a ginástica geral, como conhecimento a ser estudado na educação física escolar, representa a Ginástica. Considerando ainda, as características fundamentais da GG, podemos afirmar que a ginástica traz consigo a possibilidade de realizarmos uma reconstrução da ginástica na educação física escolar numa perspectiva de “confronto” e síntese e, também, numa perspectiva lúdica, criativa e participativa (2003, p. 87).

O princípio norteador desta proposta, ao nosso ver, deve privilegiar a formação humana em sua totalidade. Desse prisma, a proposta de trabalho em Ginástica Geral propõe a educação a serviço de novos valores, manifestados e gerados na sociedade e na vivência do lúdico na cultura, sendo os participantes agentes da história, em busca da transformação social.



General gymnastics at school: A methodological propositon

ABSTRACT

This study aims at discussing gym classes as a part of school physical education, using General Gymnastics as a methodological approach. Such an approach has the perspective of integrating the several gymnastic manifestations to the other components of body culture, with the lack of competition as its main feature.

KEY WORDS: gym – general gymnastics – physical education in schools.



Gimnasia general en la escuela: Una propuesta metodológica

RESUMEN

Este trabajo tiene por objetivo discutir la Gimnasia como contenido de la Educación Física escolar, por medio de la Gimnasia general como propuesta metodológica. Tal propuesta tiene como perspectiva la integración de diversas manifestaciones gímnicas y los otros componentes de la cultura corporal, siendo su principal característica la ausencia de la competencia.

PALABRAS-CLAVE: gimnasia – gimnasia general – educación física escolar.
REFERÊNCIAS
AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas, SP: Unicamp, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE GYMNASTIQUE (FIG). General gymnastics manual. Moutier: 1993.

OLIVEIRA, V. M. de. Consenso e conflito da educação física brasileira. Campinas: Papirus, 1994.

PÉREZ GALLARDO, J. S., SOUZA, E. P. M. A proposta de ginástica geral do Grupo Ginástico Unicamp. In: AYOUB, E., SOUZA, E. P. M., PÉREZ GALLARDO, J. S. (Orgs.). Coletânea de textos e sínteses do I e II Encontro de Ginástica Geral. Campinas: Gráfica Central da Unicamp, 1997. p.25-32.

ROUYER, J. Pesquisas sobre o significado humano do desporto e dos tempos livres e problemas da história da educação física. In: ROUYER,

J. Desporto e desenvolvimento humano. Lisboa, Portugal: Seara Nova, 1977. p.159-195.

SOARES, C. Educação física: raízes européias e Brasil. Campinas: Papirus, 1994.

____. Imagens da educação no corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Papirus, 1998.

____. Corpo, conhecimento e educação: notas esparsas. In: SOARES, C. (Org.). Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001. p.109-129.

SOUZA, E. P. M. Ginástica geral: uma área do conhecimento da educação física. Tese de doutorado, Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP: 1997.

AULAS/PROVAS PRÁTICAS DE GINÁSTICA GERAL
















CONTEÚDO NP2 - GINÁSTICA GERAL

GINÁSTICA ESCOLAR (01 e 02 semestre)
- apostila no e-mail
- artigo: ginástica geral - uma proposta metodológica (no blog)

PLANEJAMENTO E PLANO DE AULA DE GINÁSTICA GERAL NA ED. FISICA ESCOLAR (01 e 02 semestre)
- apostila no e-mail

APTIDÃO FÍSICA, SAÚDE E BEM ESTAR (01 semestre)
- capítulo de Aptidão Física
- capítulo de Saúde
- capítulo de Doenças hipocinéticas e hipercinéticas
* os capítulos do livro também estão no e-mail

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Palestra com Lars Grael

01. e 02. semestre (31/08/2010)


EXERCÍCIO EM SALA 3 - Revisão

Revisão: UNIDADE 01 - BASES HISTÓRICAS DA GINÁSTICA E DA EDUCAÇÃO FÍSICA

01. Semestre (01/09/2010)
02. Semestre (30/08/2010)

Questão 1: Qual a influência da Revolução Francesa para as Bases da Educação Física?

Questão 2: Qual a cultura da Grécia Antiga e qual a relação dela com a ginástica?

Questão 3: Quem participava da Cultura Corporal Popular?

Questão 4: Quem é considerado o "pai da ginástica"?

Questão 5: O que influenciou a Educação Física Escolar Brasileira?

Questão 6: Que momento histórico estudado degenerou a Educação Física? Comente.

EXERCÍCIO EM SALA 2 - Corpo Humano

01. e 02. semestres (24/08/2010)

O que o corpo humano significa hoje para você?

EXERCÍCIO EM SALA 1- Tendências da Ginástica

01. Semestre (20/08/2010)
Questão: Diante das duas tendências estudadas, cite uma vantagem e uma desvantagem ao se trabalhar com a tendência militarista e a tendência naturalista.

02. Semestre (16/08/2010)
Questão: Das escolas ginásticas e as tendências abordadas em sala de aula, qual você atribui a uma boa aula de Educação Física?

sábado, 14 de agosto de 2010

PLANO DE ENSINO: GINÁSTICA GERAL (2010.2)

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)Disciplina: GINÁSTICA GERAL Sem: 01/02Professor: 937940 - RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE Ano: 2010.2


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em atualização.

domingo, 11 de julho de 2010

Matar aula?

Passamos por provas, apresentações de trabalho, exposições de conteúdos, mas algumas vezes pensamos no lado de fora da sala de aula, no mundo maravilhoso e ensolarado que nos espera lá fora, mesmo quando chove.

E é por isso que matamos aula. E também sabemos que, quando saímos de sala, não é por nenhum outro motivo senão a auto-privação do ato de assistir aulas. Mas infelizmente não são todos aqueles que sabem o quão importante e necessário o ato de matar aulas em nossas vidas. Sempre tem aquele tiozão chato que se vende pelo dinheiro e nos aplica punições pelo fato de estarmos matando aulas.

E é para esses tipos que não sabem o prazer que é matar uma aula, alguns motivos mais convincentes possíveis para se matar uma aula.

1 – Alongamento e exercício:

A estressante rotina de trabalho causa sérios problemas musculares nas pessoas, e a rotina de estudos não é diferente. Ficar sentado todo o dia, em uma cadeira desconfortável e anti-anatômica pode causar sérios danos no futuro. Então, para evitar esses danos, especialistas indicam que a cada hora de trabalho, seja feito pelo menos 5 minutos de alongamento. E óbvio que esse alongamento para nós matadores de aula é realizado na parte externa da sala de aula, nos alongando e caminhando por toda a escola. Assim, vemos o quão importante é a saída de sala de aula para o nosso organismo, bem-estar físico e para nossa saúde.

2 – Hidratação:

Todos aqueles que lidam com o assunto “matar aula” sabem o quão usada é a desculpa de “beber água”. Mas mal sabem eles o tamanho da legitimidade de tal desculpa. Aproximadamente 70% do corpo de um ser humano adulto é composto de água, e por dia perde-se muita água com funções vitais e com suor, necessitando de uma reposição de cerca de dois litros e meio diários. Aí que entra o ato de matar aulas, necessitamos de sair para repor a água que nosso corpo perde com aulas estafantes e no trajeto para a escola, além de perder nos alongamentos. Mais uma justificativa plausível e racional para matar aulas.

3 – Social:

Contato com outros seres humanos é deveras importante, sabemos todos disso, e como fazer tal contato durante a aula é prejudicial para o nosso aprendizado e o de nossos colegas, então nada melhor do que treinar e aprimorar nossas habilidade sociais no espaço extra-sala de aula. Aí que entra o ato de matar aula, porque os moralistas provavelmente dirão “Mas para isso é reservado o intervalo”, mas aí que vocês se enganam, durante o intervalo precisamos estar atentos à nossa nutrição e comer bem para podermos fixar melhor o conteúdo que nos foi passado. Resta então as aulas para que pratiquemos a simpatia com os alheios, para isso precisando matar aulas.

4 – Sono:

Especialistas afirmam que é na hora do sono que fixamos a informação que nos é passada no nosso dia-a-dia. Então, para não deixarmos tudo para a última hora, e fixar esse conhecimento só à noite, podemos também matar aula para tirar pequenos cochilos e optimizarmos nossa aprendizagem. Além do mais, é no sono também que liberamos o hormônio do crescimento (que por sinal foi assunto da primeira unidade de biologia, se fosse algo relacionado a sistema nervoso ou reprodutor eu saberia no ato, visto que fiz a prova mais épica da minha vida esses dias), então, liberando esse hormonio na escola, contribuímos para que a escola conclua sua meta, que é nos fazer crescer e nos tornarmos cidadão críticos e competentes profissionalmente.

5 – Felicidade:

Afinal, esse é o objetivo final do ser humano, e convenhamos que assistir todas as aulas do ano integralmente não é nem um pouco perto da felicidade.

Com todos esses incontestáveis argumentos, podemos perceber que matar aula é um direito irrevogável dos alunos, que deveria estar previsto em constituição, e que nos é privado constantemente por ratos do sistema, que querem privar o ser humano de felicidade. Afinal a diferença entre um aluno que não pode matar aula e um escravo é que a mãe do escravo não manda ele pra escravidão.



"Não sou eu que mato aula. Ela é que me mata!"

quinta-feira, 24 de junho de 2010

NOTAS EXAME - TURMA B

FACSUL - FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
Curso : EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA) Semestre: 01
Disciplina: APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO MOTOR
Professor : RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE

NOTAS EXAME

Acadêmico:
AILTON - Nota: 7.7
DAYANA - Nota: 7.7
DOUGLAS - Nota: 6.5
FÁBIO - Nota: 6.5
GLEIDSON - Nota: 7.7
LUCAS - Nota: 7.0
REGINALDO - Nota: 8.0
ROGÉRIO - Nota: 7.0
TARLEY - Nota 8.0

NOTAS EXAME - TURMA A

Clique na imagem para ampliar!

Até o próximo semestre.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

COMPORTAMENTO E MOVIMENTO

Domínios do Comportamento Humano e o Movimento
Todo o comportamento humano pode ser convenientemente classificado como sendo pertencente a um dos três domínios, ou seja, cognitivo, afetivo‑social e motor.
Fazem parte do domínio cognitivo, operações mentais como a descoberta ou reconhecimento de informação, a retenção ou armazenamento de infor­mação, a geração de informações a partir de certos dados e a tomada de decisão ou feitura de julgamento acer­ca da informação (Magill, 1980). Um estudo mais abrangente sobre o do­mínio cognitivo pode ser encontrado em Bloom (1956) que elaborou uma taxionomia de objetivos nesta área, ordenando as diferentes operações mentais da mais simples à mais com­plexa.
Do domínio afetivo‑social fazem parte os sentimentos e emoções. Evidências apresentadas por psicólogos sociais mostram que os comportamentos afetivos são basicamente adquiridos pelo processamento de aprendizagem. Krathwohl, Bloom e Masia (1964) elaboraram uma taxionomia semelhante à taxionomia de Bloom para o domínio cognitivo. Identificaram cinco categorias principais ou seja, receber, responder, valorizar, organizar e categorizar um valor ou complexo de valores. Os comportamentos do domínio afetivo‑social são muito envolvidos numa situação real de ensino‑aprendizagem, visto que aspectos como motivação, interesse, responsabilidade, cooperação e respeito ao próximo estão sempre presentes e devem ser trabalhados adequadamente.
Do domínio motor fazem parte os movimentos. Em muitos estudos, o domínio motor é mencionado como domínio psicomotor, em função do grande envolvimento do aspecto mental ou cognítivo na maioria dos movimentos. Alguns dós estudos mais conhecidos sobre o domínio motor são as taxionomias de Harrow (1971) e Simpson (1967). Segundo Singer (1980), incluem‑se no domínio motor três tipos básicos de comportamento: contactar, manipular e ou mover um objeto; controlar o corpo ou objetos quando em equilíbrio mover ou controlar o corpo ou parte do corpo no espaço, com timing, num ato ou seqüência breve ou longa, sob situações previsíveis e ou imprevisíveis.
Embora um determinado comportamento possa ser classificado num destes três domínios, convém esclarecer que na maioria dos comportamentos existe a participação de todos os três domínios. A classificação é uma conveniência, visto que o problema é essencialmente de predominância de um destes domínios sobre outros, sem que sejam mutuamente exclusivos. Por exemplo, o comportamento de um indivíduo no xadrez é predominantemente cognitivo, embora os domínios motor e afetivo‑social também estejam envolvidos. No halterofilismo, por sua vez, é predominantemente motor assim como a maioria das habilidades desportivas.
A interação de todos os domínios do comportamento pode ser claramente compreendida no modelo sistêmico do comportamento humano de Heimstra e Ellingstad (1972) mostrado na figura 1. Nesse modelo, os processos de identificação, interpretação e memória que antecedem o output, ou seja, o comportamento observável, são operações mentais ou cognitivas que se processam a nível do sistema nervoso central. Da mesma forma, a identificação e a interpretação influenciam ou são influenciadas pela energização, que é um processo basicamente motivacional e, portanto, do domínio afetivo‑emocional.
Há necessidade também de se compreender o papel desempenhado pelas estruturas fisiológicas no comportamento motor. O movimento é gerado através de complexas interações que ocorrem a nível do sistema nervoso central e periférico, que processam as informações sensoriais, e outros impulsos originados no próprio sistema.
O resultado é um padrão de impulsos nervosos que atinge os diversos órgãos efetores envolvidos no movimento, tais como: músculos, sistema cardiovascular e outros. Da contração muscular resulta o movimento, enquanto que os outros sistemas encarregam‑se de proporcionar as condições adequadas para a sua realização. Os comportamentos afetivo‑sociais e cognitivos, também são acompanhados por ajustes no sistema de suporte vegetativo, tais como alterações nos componentes cardiovasculares e respiratórios, transpiração, dilatação de pupila e outros.
Em resumo, quando se estuda o comportamento humano, dois princípios devem ser considerados: o da totalidade e o da especificidade. O princípio da totalidade sugere que, em qualquer comportamento, há sempre a participação de todos os domínios que atuam de uma forma integrada. Por outro lado, o princípio da especificidade sugere que, embora todos os domínios estejam envolvidos em qualquer comportamento, cada domínio precisa ser analisado especificamente, dada a predominância de uns sobre outros. O conjunto das contribuições dos estudos e análises de cada domínio, especificamente, sem todavia esquecer suas interações com os outros, possibilita que o comportamento do ser humano seja compreendido e trabalhado de uma forma global.
Desta forma, quando se fala, por exemplo, em estudo do desenvolvimento motor, embora o domínio motor esteja sendo enfocado, isto não quer dizer que o desenvolvimento etivo‑emocional e o cognitivo devem ser esquecidos. Ao contrário, conforme mostra o modelo de Heinise Ellingstad, existe um forte inelacionamento entre todos os domínios; a ênfase a um deles é apenas questão de predominância. Justifica-se, desta forma, a abordagem ,em separado dos processos de crescimento físico, desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo‑social e aprendizagem motora, no presente trabalho.
Em termos práticos, quando se tem esta visão integrada e sistêmica do comportamento humano, o trabalho na Educação Física com os movimentos ou habilidades motoras desenvolve a afetividade, a socialização, a cognição e as qualidades físicas envolvidas. Isto só não acontece quando se considera o comportamento do ser humano como uma soma de partes não relacionadas ou quando se fala em globalidade de forma muito abstrata, sem analisar o significado real desta globalidade, ou seja, os componentes, os mecanismos e as suas interações.

EXAME DE APRENDIZAGEM MOTORA

Prezados alunos,

Segue abaixo o conteúdo para nossa avaliação final do semestre. Lembrando que para os que não alcançaram a média 7,0 durante o semestre, no exame, a pontuação da média passa a ser 5,0.
Bons estudos.


UNIDADE 1 - Aprendizagem Motora como campo de estudo.
Páginas: 5, 9, 10, 11, 12, 13.

UNIDADE 2 - Introdução ao estudo do movimento humano.
Páginas: 15, 16, 17.

UNIDADE 4 - Corpo, educação e movimento.
Páginas: 40, 41, 45.

UNIDADE 5 - Introdução ao estudo do comportamento motor.
Páginas: 47, 48, 49.

UNIDADE 6 - Fundamentos da Aprendizagem Motora.
Páginas: 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69. (Páginas referente ao conteúdo: Classificação das Habilidades Motoras)

UNIDADE - Estudo das capacidades físicas em Aprendizagem Motora.
- Capacidades coordenativas e condicionais.


Prof. Rafael do Nascimento Valente
Docente do Departamento do Curso de Educação Física
Faculdade Campo Grande/Faculdade Mato Grosso do Sul
FCG/FACSUL - Campo Grande/MS

sexta-feira, 5 de março de 2010

PLANO DE ENSINO: APRENDIZAGEM MOTORA (2010.1)

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)
Disciplina: APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO MOTOR Sem: 01
Professor: 937940 - RAFAEL DO NASCIMENTO VALENTE Ano: 2010.1


1. APRENDIZAGEM MOTORA COMO CAMPO DE ESTUDO
1.1 Elementos conceituais e históricos da aprendizagem motora e seus componentes de estudo.
1.2 Ensino-aprendizagem de habilidades motoras e Educação Física.
1.3 Aprendizagem Motora e a Educação Física.
1.4 Aprendizagem Motora e o conhecimento científico.
1.5 Aplicações da Aprendizagem Motora.
1.6 Elementos da cultura corporal.
1.7 Aprendizagem Motora na Educação Física Escolar.
2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO MOVIMENTO HUMANO
2.1 O que é movimento humano?
2.2 O corpo e o movimento na Educação Física.
2.3 Sistemas corporais envolvidos no movimento.
2.4 Dualismo corpo e mente.
2.6 Educação Física e aprendizagem dentro do contexto social.
2.7 Movimento e significados.
3. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA APRENDIZAGEM MOTORA
3.1 Educação Física e o Profissional da Educação Física.
3.2 Atividade Física Não Estruturada.
3.3 Atividade Física Estruturada (Exercício Físico).
3.4 Áreas e esferas de estudo da Atividade Física.
3.5 Nomenclaturas anatômicas para o ensino da Educação Física e dos movimentos.
3.5.1 Terminologia Anatômica dos Movimentos
3.5.2 Posição anatômica
3.5.3 Segmentos do corpo
3.5.4 Planos de orientação do corpo
3.5.5 Termos direcionais
3.5.6 Posições do corpo em relação ao espaço
3.5.6 Movimentos que alteram a posição anatômica
4. CORPO, EDUCAÇÃO E MOVIMENTO
4.1 Categorias de movimento.
4.1.1 Movimento reflexo
4.1.2 Movimento automatizado
4.1.3 Movimento voluntário
4.1.4 Movimento involuntário
4.2 Movimentos Motores Básicos.
4.2.1 Movimentos Locomotores
4.2.2 Movimentos Não Locomotores
4.2.3 Movimentos Manipulativos
4.3 Habilidades Motoras Básicas
4.4 A Educação Física Escolar e seus conteúdos.
4.4.1 Educação através do movimento
4.4.2 Esporte Escolar
5. ESTUDO DAS CAPACIDADES FÍSICAS EM APRENDIZAGEM MOTORA
5.1 Capacidades Físicas.
5.2 Aptidão Física.
5.3 Capacidades Físicas Condicionais.
- Força
- Resistência
- Velocidade
- Flexibilidade
- Agilidade
5.4 Capacidades Físicas Coordenativas.
- Coordenação Motora
- Equilibrio
- Expressão Motora
- Ritmo e descontração
5.5 Fadiga.
6. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO COMPORTAMENTO MOTOR
6.1 Aprendizagem Motora.
6.2 Desenvolvimento Motor.
6.3 Controle Motor.
Fatores que interferem no controle de movimento: percepção, cognição e ação
6.4 Processo de Informação e Tomada de Decisão.
- Transmissor da informação, sinal e receptor da informação
- Input, processo e output
6.5 Mecanismos de processamento de informação e estímulo-resposta.
- Mecanismo perceptivo
- Mecanismo decisório
- Mecanismo efetor
- Identificação do estímulo, seleção de resposta e programação de resposta